História da Congregação da Irmãs Franciscanas é contada durante Simpósio

História da Congregação da Irmãs Franciscanas é contada durante Simpósio

Evento faz parte da celebração de 150 Anos de fundação da congregação. “Pequena e frágil,brota a semente, quiçá há muito tempo semeada! Silenciosa, cresce, vence muitos obstáculos e vai despontando no chão onde a plantastes!”

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A Congregação das Irmãs  Franciscanas de São José completam em 2017, 150 anos de fundação. Para celebrar a data um triênio comemorativo está sendo realizado. Neste ano de 2016, entre 20 e 23 de outubro um Simpósio é realizado para refletir sobre a graça do cuidado em um mundo sem compaixão.

O evento realizado em Piraquara, estado do Paraná, marca também os 90 anos de chegada das Irmãs no Brasil, para os cuidados aos hansenianos e leprosos que eram deixados no Hospital de São Roque, situado na mesma cidade.

Na abertura do simpósio realizada na quinta-feira, 20, os participantes, representantes das diversas obras mantidas pela congregação puderam acompanhar a história das Irmãs Franciscanas.

A história começa em  28 de outubro de 1867 com a Congregação das Irmãs Franciscanas de São José com o nome de Irmãs da Misericórdia da Terceira Ordem de São Francisco de Assis, tendo como berço a pequena cidade de Schweich, às margens do Rio Mosel, na região de Tier, Alemanha, e como Mãe a Irmã Alphonsa Kuborn, que foi a Fundadora. Mais tarde passou a chamar-se de Congregação das Irmãs Franciscanas de São José.

Como todo início a nova Congregação enfrentou muitas dificuldades, miséria, fome, guerra, perseguição, calúnia e incompreensão. Somadas a estas dificuldades, as conseqüências do “Kulturkampf”, uma revolução da cultura em detrimento da Igreja, das ordens e congregações religiosas, obrigam Madre Alphonsa a abonar seu Lar de fundação. Ali não poderia mais receber candidatas e a obra de Deus estaria fadada a morrer.

No dia 25 de outubro de 1875, a Madre partiu para a Holanda, na cidade de Beek, acompanhada por um grupo de Irmãs formandas. E mais uma vez novos desafios, língua diferente, outra realidade, muita pobreza. Uma pequena casa as abrigou. O primeiro cuidado foi com a Capela. Um curral de cabras foi transformado em quarto para as irmãs.

Como o povo, também elas passavam necessidades, e ali todos vinham buscar socorro. Não foi possível edificar uma obra, um hospital, como era o desejo de Madre Alphonsa, já que as condições não permitiam. Mantiveram no local com a confecção de paramentos e, para ajudar os pobres e mais necessidades,pediam esmolas e recolhiam as batatinhas que sobravam nas pequenas lavouras da localidade.

Foi quando Deus lhes abre um novo caminho, mais garantido e promissor. Valkenburg, às margens do rio Geul, lhes apontava um novo horizonte: Um Internato para moças, depois também para rapazes, surgiu como grande oportunidade para garantir também aos pobres, órfãos e abandonados, um lar acolhedor. Nasceu o Instituto São José em Saint Pietercomo era conhecido aquele espaço.

Logo Edificou também uma bela Capela para dizer a todos que se o Senhor não mora em nossa casa, em vão são os esforços em construir sua obra. Cada dia chegavam mais crianças para serem acolhidas. Já não eram somente crianças em idade escolar, mas também bebês, idosos, deficientes de todos tipos. E para todos sempre havia um lugarzinho. E as Irmãs exerciam também a abençoada atividade da enfermagem ambulante. Nem a neve, nem a chuva, nem o vento inclemente da Holanda impediam estas irmãs de retomar cada dia de novo essa missão que haviam recebido de sua fundadora.

O ano de 1897 vem com um novo desafio, a saúde da Madre. Embora atenta e solicita ante as necessidades dos pobres e abandonados, já não tinha muitas forças para colocar-se a serviço. Sofria muito e suas energias definhavam. Entrega a formação de suas irmãs à sua experiente secretária, Irmã Casimir Wester. Porem Madre Alphonsa continua sendo, a alma da Fundação! A herança recebida de Madre Alphonsa foi fielmente guardada e cultivada.Suas sucessoras no Cargo, sempre se empenharam em seguir suas pegadas.

E o pequeno rebanho foi crescendo. Quando da morte de Madre Alphonsa a congregação contava com dois conventos, 12 Irmãs de Votos Perpétuos, 33 Irmãs de Votos Temporários, 10 Noviças, 7 Postulantes, 2 Escolas Primárias, 3 classes de Ensino da Língua Alemã, 1 Escola Normal recém fundada para formação de Professoras e  250 crianças internas e muitas pessoas idosas e necessitadas sob os cuidados das irmãs.

Crescia ali também a alegria e o desejo missionário. As Irmãs sonhavam com um novo campo de missão. No Ano de 1926 quando a Família Franciscana celebrava o 7º Centenário da morte de São Francisco de Assis, a Congregação fez o seu primeiro envio missionário.

Vinda ao Brasil para o Cuidado aos leprosos

Através de Frei Crisólogo Kampmann, Ministro Provincial dos Franciscanos do Brasila Superiora Geral, Madre Casimir Wester, recebeu o pedido do Bispo de Curitiba, Dom João Braga e do Governador do Estado do Paraná Dr. Caetano Munhoz da Rocha, para as Irmãs Cuidarem de um “Leprosário” como se dizia na época, que estava sendo construído.

A Madre lançou o apelo entre as Irmãs, porem apenas oito foram escolhidas para assumirem a nova missão. Os preparativos, as promoções, as homenagens e as despedidas foram intensos. Porém com fé, confiança e coragem no dia 19 de janeiro de 1926 recebem a bênção Missionária e partiram para as missões no Brasil, chegando aqui no dia 17 de fevereiro de 1926.

Depois de transpor as águas revoltas do Mar do Norte da Europa, passando pelo Atlântico, chegam ao Brasil, um país com pessoas de hábitos, cultura e língua muito diferentes.

Após o desembarque em Paranaguá, mais uma viagem de 5 horas de trem, pela linda paisagem da Serra do Mar. Finalmente chegaram a Curitiba, onde D. João Braga as acolheu com grande carinho dizendo: “Irmãs, aqui está o seu pai”.

O destino das irmãs era Deodoro, hoje, Piraquara, a 20 km de Curitiba, Paraná. A tarefa era cuidar de doentes “portadores de um terrível mal” que elas desconheciam, a lepra, hoje chamada de Hanseníase.

As oito Irmãs missionárias, foram conduzidas pelo bispo, ao Asilo de Menores das Irmãs Vicentinas, no Tarumã – Curitiba, onde ficaram hospedadas, apreendendo a língua portuguesa, enquanto se concluía a construção do Hospital. Tinham como professora a Irmã Ignácia Josefine Middler, da Congregação das irmãs da Divina Providência.

As Irmãs faziam as compras, costuravam toda a roupa necessária, limpavam todos os aposentos, arrumavam as camas e tudo o mais para receber os doentes, auxiliadas pelas filhas de Maria de Curitiba. E o próprio governador as ajudava.

As Irmãs assumiram todos os trabalhos com os doentes: enfermagem, partos, curativos, lavanderia, cozinha, farmácia, limpeza, Educação Religiosa, atendimento dos filhos dos hansenianos, treinamento dos doentes que desempenhavam também serviços de enfermagem. Hoje estamos presentes em mais dois hospitais e colônias de Hansenianos: Colônia Santa Teresa em SC e Itaboraí, no Rio de Janeiro.

Presença da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José

Logo após a chegada das Irmãs no estado do Paraná, começaram também as solicitações por parte de outros estados para que o trabalho fosse disseminado.  A primeira solicitação chegou por meio do Frei Gervásio Kraemerofm, Vigário de Angelina (SC). A solicitação para que as irmãs ingressassem a Santa Catarina, ocorreu já no primeiro ano de estadia no Brasil.

Em Angelina, pela mediação de Frei Gervásio foi oferecida à Congregação uma grande propriedade e uma boa casa para residência e trabalho das Irmãs.

Para que esse novo desafio fosse aceito, novas irmãs vieram da Casa Mãe, para Piraquara (PR). Três das irmãs que já estavam no Brasil assumiram o trabalho e vieram  à Angelina.

Logo em seguida outras casas foram sendo abertas: no hospital Osvaldo Cruz em Curitiba, Vargem do Cedro, em SC e logo muitas outras.

A Congregação das Irmãs Franciscanas de São José encontra-se hoje presente nos seguintes estados do Brasil: Amazonas ,Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

As Irmãs Franciscanas servem a Deus e aos irmãos, na graça do cuidado em serviços de Pastoral Paroquial, na formação, na área da Saúde e Educação, nas Pastorais Sociais e Serviços de Assistência, com crianças abandonadas, com os pobres e necessitados. A tarefa é oferecer, em tudo, o Amor Misericordioso de Deus.

Nasce a Província Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Para que os trabalhos das irmãs franciscanas continuasse é preciso dar atenção para a formação. Sendo assim em 04 de outubro 1927 houve a instalação do noviciado brasileiro com ingresso das cinco primeiras aspirantes no Postulantado e em 04 de outubro de 1928 no  Noviciado.

No mesmo ano, em 1928, cria-se a primeira Província do Brasil com sede em Angelina (SC), a Província Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, hoje com sede em Barreiros, São José, SC. A partir daí a Congregação se expandiu muito rapidamente, inicialmente nos Estados de: Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Inserção das Irmãs no Norte e Nordeste

Pelas necessidades do País, o apelo dos Bispos e o projeto igrejas Irmãs  nos levaram também para o Norte e Nordeste. Iniciava-se assim, em março de 1973, a missão das Irmãs no Pará, no município de Bujarú, banhado pelo gigante Rio Guamá. E, em fevereiro de 1974 também Bahia recebia as irmãs, iniciando os trabalhos em Senhor do Bonfim.

Em 1977, iniciava-se uma nova missão no Maranhão, na simpática cidade de Santa Luzia, estendendo-se depois para outros Municípios e para o estado do Piauí.

Criação de novas Províncias

Com a expansão e o crescimento no número de irmãs, pelas distâncias e diferentes realidades culturais, era necessário reorganizar a congregação e iniciava-se a criação de novas Províncias: Provincia Santa Isabel na Alemanha e Província São José na Holanda. Hoje os dois Países constituem uma só Província com sede na Holanda.

No Brasil a Província Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em SC , foi fundada em 1928 e está presente, hoje, nos estados de SC, MS, GO, RJ e Bahia e Itália.

Em 15 de novembro de 1971, nasceu a Sub-Província Cristo Redentor, com sede na Vila Parolin, Curitiba (PR). Mais tarde em 05 de fevereiro 1976 passou a ser designada: Província Cristo Redentor, hoje, com sede na Rua Vicente Machado, 2765

A Província Mãe da Misericórdia nasceu no centenário de morte da fundadora Madre Alphonsa, no dia 12 de outubro de 1997, primeiro como Sub Província, reunindo as fraternidades e obras do Pará, Maranhão e Piauí, hoje também Ceará e Amazonas. Sendo elevada à Província, em julho de 2003, com sede em Ananindeua, região de Belém, PA.

Inserção da congregação em outros países

Pelo belo trabalho realizado chegava a hora em que as irmãs franciscanas eram chamadas a partir do Brasil. Em 1984 a Congregação mandou  representantes e passou a fazer-se presente em terras de São Francisco, próximo de Assis, na Itália. Afastando-se durante 3 anos, retorna em 1992. Servindo em 3 pequenas localidades, na região Umbrade Perúgia. Hoje estamos em Castiglione del Lago, sempre no serviço Paroquial.

Em 29 de abril de 1992, com a superiora Geral, Irmã Valéria Martins Nazário, as primeiras Irmãs Missionárias desembarcavam em Angola, na África. Novamente as irmãs assumiam a missão em uma realidade sofrida, com necessidades gritantes de uma nação destruída pela Guerra, pela fome, e muitas doenças…

As Irmãs tiveram muita dificuldade para encontrar uma moradia, mas encontraram imediatamente o seu lugar de trabalho. O pobre, o doente, o faminto foram a solicitação para o exercício da Misericórdia e ocuparam imediatamente seu coração e seus cuidados.

Passado algum tempo, com o fim da guerra, novos apelos foram surgindo. Tudo estava por reconstruir. Com isso também abriram-se possibilidades de chegar às aldeias mais distantes para a Evangelização, atender os doentes e apareceram,então, fortes clamores para iniciativas também no campo da Educação. Primeiro uma grande luta para formar alfabetizadores, depois, a educação formal. Foi reconstruída a Escola de Kangandala.

Hoje a Congregação das Irmãs Franciscanas de São José conta com seis fraternidades em Angola, trabalhando em  duas Escolas, três Postos de Saúde, e na evangelização das comunidades, sobretudo nas Aldeias mais distantes e necessitadas.

Na atualidade em Angola, a congregação conta com 17 Irmãs, uma Angolana e 28 Formandas que integram as seis fraternidades. Uma delas se prepara para vir ao noviciado, no próximo ano, aqui em Piraquara.

Em 08 de dezembro de 2004,na pequena cidade de Jacaleapa, na arquidiocese de Tegucigalpa, nascia a primeira fraternidade Missionária em Honduras. As Irmãs estão nas Aldeias e no povoado, junto aos doentes, com as crianças pobres e na evangelização.    

Mais tarde chegamos até Texiguat, a Paróquia mais pobre da Arquidiocese. Uma terra pobre castigada, hora pela seca, hora pelas intempéries e catástrofes da Natureza. Entre montanhas e vales pedregosos, atravessando rios, cruzando trilhas e picadas, chegam até os mais necessitados.

Inicialmente, os doentes foram o grande clamor. Abandonados em seus casebres nas montanhas, não conseguiam sair em busca de recurso para suas necessidades.  As Irmãs, a cavalo, a pé, subindo e descendo montanhas, vão levar-lhes socorro. É o rosto misericordioso de Deus a confortar seu povo sofrido.

Em outubro de 2015 uma Franciscana de São José passa a integrar o grupo das missionárias brasileiras na Fraternidade Intercongregacional no Haiti. Em meio a destruição do grande terremoto de 2010, e agora do furacão Matheu, são um sinal da bondade de Deus a aliviar seus sofrimentos e semear esperança em seus caminhos.

Quem foi Madre Alfhonsa Kuborn?

Madre aplphonsa

Elisabeth Kuborn, nasceu na cidadezinha de Mertert, grão Ducado de Luxemburgo. Filha de agricultores, cultivadores de vinhas, desde criança envolveu-se no cuidado da comunidade,com seu paique foi,por 28 anos, prefeito da cidade.

Era sonho da família e de seus educadores, fazer de Elisabeth uma professora. Foi matriculada num colégio interno onde permaneceu por 8 anos. Ela reunia as condições e talentos para este ofício, tão necessário em sua comunidade. Deus porém, preparava para ela um outro caminho.

Com 23 anos ingressou na Congregação das Irmãs Franciscanas de Santa Elizabeth, em Pfaffentahl em Luxemburgo, onde recebeu sua formação religiosa para o serviço com os pobres, doentes, alienados e deficientes mentais, que exerceu em Arlon e Messancy, na Bélgica, bem como em Luxemburgo, sua Terra. Na Profissão dos Votos Religiosos recebeu o nome de Irmã Alphonsa.

No ano de 1863 na pequena cidade de Schweich, na Diocese de Trier – Alemanha, três senhoras, livre e desimpedidas, decidiram doar seus bens para fundar um hospital e dedicar-se aos doentes e necessitados. Começaram a caminhar segundo a regra da Ordem III Franciscana – secular.

Mas era necessário que alguém cuidasse da sua formação no espírito da vida Consagrada. O pároco Jacob Becker, encarregado desta nova Fundação, conversou com os padres a respeito, e o Padre Mathias Kuborn, Redentorista, mencionou sua irmã pois sabia que possuía as qualidades necessárias para esta missão.

Padre Mathias tornou-se então o porta voz dos anseios de Schweich junto a sua irmã, Irmã Alphonsa. A nova empreitada não foi fácil para ela. Para encarar o desafio ela rezou e disse: “Só aceitarei se neste pedido reconhecer a vontade de Deus por meio dos meus superiores, Madre Anna e o Bispo Nikolaus Adames”.

Obtendo deles o consentimento e a benção para sua nova missão, a 8 de outubro de 1867, Irmã Alphonsa deixa tudo e parte para o desconhecido! Fez uma curta visita aos pais e familiares em Mertert e viajou para o futuro destino.

Pela via férrea, chegou primeiro a Trier e, em seguida, à localidade de Schweich, distante 12 km.

Foi cordialmente recebida pelo Decano Jakob Becker e por suas futuras Irmãs, sendo empossada como Mestra e formadora da nova Comunidade, constituída então, já de 05 membros.

Procurou introduzi-las nas obras de misericórdia, intensificando o que já vinham fazendo nos anos anteriores. Com elas, cuidava dos doentes e inválidos da localidade. Apesar de sua condição física delicada, assumiu, muitas vezes, a vigília junto ao leito dos doentes mais graves.

Em 28 de outubro de 1867, as 5 primeiras Irmãs recebem a veste religiosa. Este dia é reconhecido como data de fundação da Congregação, que passou a chamar-se: “Irmãs da Misericórdia da Terceira Ordem de São Francisco de Assis”, só mais tarde passou a chamar-se de Congregação das Irmãs Franciscanas de São José.

Pela sua abnegada dedicação, a população de Schweich demonstrava grande reverência à jovem Fundação e à sua Fundadora, pois, como verdadeira Irmã de Misericórdia, era estimada, por todos, como mãe.

Vem a Guerra Franco Alemã e por todos os lados tombam feridos jovens valentes, soldados a defender sua Pátria. Quando o Hospital estava cheio, e o convento também, buscava socorro nas casas vizinhas. Alemães ou adversários, todos eram socorridos, com o mesmo cuidado.

Todos conheciam a excelência de sua caridade. Um soldado do Sul da Alemanha, tempos depois enviou um pacote para agradecer Madre Alphonsa e só escreveu:Para mãe de Schweich”.O Correio não tinha dúvidas de onde deveria entregar.

O ano de 1897 vem com um novo desafio, a saúde da Madre. Embora atenta e solicita ante as necessidades dos pobres e abandonados, já não tinha muitas forças para colocar-se a serviço. Sofria muito e suas energias definhavam. Entrega a formação de suas irmãs à sua experiente secretária, Irmã CasimirWester. Ela continua sendo, no entanto, como a alma da Fundação!

“Como o sol no seu poente, antes de desaparecer, se transforma num suave brilho de arrebol, assim parecia a Madre, ao entardecer da vida, de amor e zelo inflamada, sempre atenta a proporcionar alegrias e pequenas surpresas às Irmãs.

Com zelo e insistência admoestava as suas Irmãs ao cultivo da vida interior e ao constante crescimento na perfeição. Parecia, que a sua união com Deus se intensificava de dia para dia e era como se ‘Deus mesmo falasse por ela’. Estas foram as palavras de Seu testamento.

Na sua sepultura as Irmãs com santo fervor prometeram ao Senhor e a sua santa fundadora, prosseguir fielmente, na vida e no trabalho, conforme o seu espírito.

A herança recebida de Madre Alphonsa foi fielmente guardada e cultivada. Suas sucessoras no Cargo, sempre se empenharam em seguir suas pegadas.