Depressão pós-parto pode afetar também os homens
Depressão pós-parto pode afetar também os homens
O assunto foi tema de encontro do Grupo Preparatório de Pais no Hospital Bom Jesus
Ao contrário do que muitos poderiam imaginar a depressão pós-parto não é algo que afeta somente as novas mamães. Um em cada dez pais também apresenta depressão pós-parto, e, assim como no caso das mulheres, a doença deve ser diagnosticada e tratada. O assunto foi tema do encontro realizado na quinta-feira, 18, do Grupo Preparatório de Pais do Hospital Bom Jesus (HBJ)
De acordo com a psicóloga Luana de Lourdes Ferreira Pich os sintomas variam de homem para homem, porem é muito mais comum acometer homens cujas parceiras estiverem deprimidas.
“A depressão da mãe pode causar períodos de pressão no relacionamento do casal e colaborar para o desenvolvimento dos mesmos sintomas nos homens. Alguns pais contam que ficam com a sensação de que tudo o que fazem parece ruim e que as mães não entendem nada do que eles querem dizer. Têm também a sensação de que ninguém liga para eles”, explica a profissional.
Tanto para os homens como para as mulheres os sintomas de depressão pós-parto podem surgir logo após o parto, ou até um ano após o nascimento do bebê, e geralmente incluem, tristeza constante, sentimento de culpa, baixa auto-estima, desânimo e cansaço extremo, pouco interesse pelo bebê, incapacidade para cuidar de si e do bebe, falta de prazer nas atividades diárias e dificuldade para pegar no sono.
“Nos dois casos os sintomas se assemelham muito, e é muito importante ficar atentos a eles. Se forem mais intensos, ou se durarem mais que 2-4 semanas após o nascimento do bebê, é necessário que se busque ajuda”, aconselha a psicóloga.
Apesar de ser freqüente, no caso das mulheres 80% delas acabam sendo acometidas por algum dos sintomas. A causa exata da doença ainda não é conhecida. De acordo Luana de Lourdes Ferreira Pich, psicóloga os especialistas atribuem às alterações hormonais típicas do período, que podem alterar a química cerebral, com consequente risco de depressão.
“Também importante são os fatores ambientais, como o ajustamento da mãe com o bebê, alteração da rotina familiar, do sono, e emoções relacionadas à maternidade. Estes também contribuem para o surgimento do Baby Blues, nome também utilizado para a depressão pós-parto”, acrescenta.
Apesar de complexa a Depressão pós-parto tem tratamento. Pais e mães que se identificarem com sintomas, devem procurar ajuda. O tratamento será de acordo com a demanda de cada paciente.
Para participar do Grupo Preparatório de Pais não é necessário fazer inscrição antecipada e a participação é gratuita. Com encontros quinzenais, os assuntos tratados complementam o pré-natal e fazem com que o período da gestação seja vivenciado de forma mais tranquila e com poucas dúvidas.Os encontros são quinzenais e os equipe responsável é formada por uma equipe multidisciplinar.