Acadêmicos de medicina de universidade paraguaia farão estágio no Hospital Bom Jesus
Acadêmicos de medicina de universidade paraguaia farão estágio no Hospital Bom Jesus
Equipe com 12 estudantes passarão 10 meses desenvolvendo atividades práticas na unidade hospitalar
A partir dessa terça-feira, 06, o Hospital Bom Jesus (HBJ) contará com uma rotina diferenciada em todos os setores. Isso porque, até o mês de dezembro a unidade hospitalar contará com a presença de 12 estudantes do Curso de Medicina da Universidade Sudamericana do Paraguai. Os acadêmicos estão na 11ª fase e vão concluir o curso com as atividades do estágio prático desenvolvidas no HBJ.
A recepção aos estagiários foi realizada na noite desta segunda-feira, 05. Na oportunidade os estudantes de medicina puderam conhecer a estrutura, os responsáveis pela direção da unidade hospitalar e alguns dos profissionais médicos que farão o acompanhamento e a supervisão das atividades práticas desenvolvidas.
“A parceria foi firmada entre a universidade e o HBJ e todo o trabalho desenvolvido pelos alunos serão avaliadas pelos profissionais do HBJ. Eles precisam ter um bom desempenho para que concluam o curso de medicina. Esse estágio é uma etapa obrigatória”, explica Sidemar Lubian, coordenador da equipe e representante da Universidade Sudamericana.
Aqui, os acadêmicos vão estar a disposição do hospital e vão desenvolver atividades supervisionadas em todos os setores: emergência, maternidade, clínicas médica e cirúrgica. Um cronograma será montado para a divisão da equipe nos setores e o desenvolvimento das atividades. “Vamos distribuir os 12 entre os setores do hospital. E a partir já desta terça-feira a população que freqüenta o HBJ verá a circulação dos mesmos na casa. Eles estarão identificados e todas as atividades desenvolvidas serão supervisionadas”, comenta Daniel Ribas, médico responsável pelo setor de emergência do HBJ.
Os acadêmicos, que são todos brasileiros, são naturais dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Goias, Ceará, Rondonia e Minas Gerais. “A procura pelo curso de medicina em universidade estrangeira ocorre principalmente por questões financeiras. Enquanto aqui no Brasil, não se consegue fazer um curso de medicina por menos de R$ 6 a 7 mil por mês, lá fica em torno de R$ 1,5 a 2 mil”, relata Sidemar Lubian, coordenador do grupo.
Isla Carara, natural de Nova Santa Helena, Mato Grosso, reforça que o acesso mais fácil principalmente na questão orçamentária fez com que ela optasse pelo curso em universidade estrangeira. “Fui fazer medicina lá, pelas possibilidades tornarem o meu sonho de ser médica mais acessível, mas quero voltar pro Brasil. Assim que terminar o estágio e concluir a faculdade pretendo voltar pra minha região”, relata. Porem, para obter o registro e atuar como médica no Brasil terá que fazer uma prova de conhecimentos. “Temos que fazer o revalida, ou entrar pelo Mais Médicos, programa do governo”, explica.
Ela acrescenta que está com boas expectativas com o estágio que vai iniciar no HBJ. “Aqui teremos a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprendemos durante a faculdade. E estou a disposição do Hospital e de toda a equipe de profissionais que era nos supervisionar aqui. Queremos aprender e colaborar com o atendimento da unidade hospitalar”, pontua.
Irmã Edelir, diretora do HBJ, está otimista com a parceria. “De certa forma é um reforço que o hospital está ganhando para fazer o atendimento. Eles estarão identificados para que a população saiba que eles são acadêmicos. São profissionais que estão capacitados e colocarão os conhecimentos em prática, com o acompanhamento das equipes que já trabalham aqui. Acredito, que vem pra somar”, comenta a diretora.
Essa é a primeira vez que acadêmicos do curso de medicina farão estágio no HBJ. Parceria semelhante já foi firmada com a Unidavi, e nos próximos anos o hospital deverá receber novos acadêmicos.